A Eucaristia é presença real

Olá, vi este post no Blog Ecclesia Una e pedia autorização e coloquei aqui para vocês


http://blog.cancaonova.com/elianaribeiro/files/2007/09/ostensorio.jpg  Everth,

Sinceramente, agora, vou tocar num assunto que até pouco tempo pensava que se tratava apenas de um nome diferente dado à Santa Ceia. Aliás, foi nesse blog que percebi que era bem mais que isso. Na Eucaristia, pelo que entendi, na cerimônia, “o pão e o vinho” são literalmente o “corpo e o sangue” de Cristo?
Não, não é possível! Até um ateu, sem o mínimo de percepção espiritual, ao deparar com essa colocação, ficaria confuso. Não é possível, Everth, que nalgum momento você não se perguntou acerca. Pesquise e veja quando, como e por que, a Ceia do Senhor foi substituída pela Eucaristia. Já reparou que a Doutrina Romana é totalmente adversa, contrária aos ensinamentos bíblicos (…)?
Ta na hora de refletir sobre isso.
(…)
- Marcelo, em comentário ao artigo Mentiras Adventistas
9 de março, às 8h27min
Escândalo. Quando Jesus disse aos judeus que se eles não comessem a carne do Filho do Homem e não bebessem o seu Sangue, não se salvariam (cf. Jo 6, 53), todos se escandalizaram: “Isto é muito duro! Quem o pode admitir?” (Jo 6, 60) Mas, é verdade, segundo as próprias palavras de Cristo e segundo o entendimento dos apóstolos. No momento em que o celebrante consagra o pão, toda a substância ali presente se torna verdadeiramente o Corpo de Cristo. Quando o celebrante consagra o vinho, toda a substância do vinho se torna Sangue de Nosso Senhor.
Absurdo. Claro, pois o mundo moderno, admirador do empirismo e do materialismo, que nega a existência de milagres, não pode de modo algum aceitar essa realidade. Primeiro, o medo da verdade e de que se conteste aquela ideia de que “todas as religiões levam à salvação”. Se a Eucaristia é realmente o Corpo de Cristo e se somente a Igreja Católica celebra esse sacramento da maneira como está descrita nas Sagradas Escrituras, então só há uma fé verdadeira: justamente, a católica. Depois, o pensamento errado de que a fé talvez pudesse contrariar a razão; como se Deus não pudesse realizar milagres e seu poder estivesse limitado às leis da razão.
A pergunta do homem moderno é justamente a que fez o Marcelo: “Na Eucaristia, o pão e o vinho são literalmente o corpo e o sangue de Cristo?” Sim, são. Na Eucaristia, está o Corpo e Sangue de Nosso Senhor. As palavras de Cristo para concretizarem a verdade do sacramento são claras e diretas: “A minha carne é VERDADEIRAMENTE uma comida e o meu sangue, VERDADEIRAMENTE uma bebida” (Jo 6, 55). Não, não é uma metáfora. A Eucaristia não é uma celebração da libertação de um povo, como querem que o seja os teólogos da libertação; a Eucaristia não é somente a celebração de um ato de amor e justiça, de paz e esperança; não é somente lembrar a memória da Paixão de Nosso Senhor. Pode ser tudo isso, mas também é a Presença verdadeira de Jesus.
Será que os apóstolos entenderam o recado de Nosso Senhor? Será que celebravam a Ceia conforme Jesus Cristo lhes ditou? De fato, a Escritura comprova que sim. Para lembrarmo-nos de como deveriam os apóstolos celebrar a Eucaristia, voltamos à noite da Quinta-Feira Santa, quando Jesus teve com seus discípulos pela última vez antes de sua Paixão. Diz Ele, pegando o pão: “Isto É o meu corpo” (Lc 22, 19). Nunca as palavras de Jesus foram tão claras. Certamente, naquele momento, os doze se lembraram do discurso do Pão da Vida, em que Ele havia dito que a carne dele era, de fato, uma comida. Naquele momento, as palavras de Jesus alcançavam plenitude. Não eram palavras vãs; eram verdades que Jesus viria a celebrar posteriormente, certamente concluíram os apóstolos.
“Fazei isto em memória de mim” (Lc 22, 19). Jesus pede que os apóstolos celebrem constantemente esse ato, em sua memória. O fato do Mestre pedir aos seus discípulos para que celebrassem a Ceia novamente não reduz ou minimiza o fato de que aquele alimento que até então era pão havia se tornado o Seu Corpo; e que aquela bebida que te então era vinho tinha se tornado Seu Sangue. Hoje, na Igreja, celebramos a memória da Paixão de Nosso Senhor através do Sacrifício da Santa Missa. Nela, acontece o milagre da transubstanciação. Toda a substância do pão convertida em Corpo de Cristo; toda a substância de vinho, em Sangue, conforme exorta o Sacrossanto Concílio de Trento.
Mas a celebração desse mistério salutar é muito antiga. De fato, a Bíblia relata que os apóstolos, já no primeiro século, mantinham obediência às palavras do Cristo. Conta-nos São Paulo: “Eu recebi do Senhor o que vos transmiti: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão e, depois de ter dado graças, partiu-o e disse: Isto é o meu Corpo, que é entregue por vós; fazei isto em memória de mim.” (1 Cor 11, 23-24). Ou seja, os apóstolos já tinham consciência de que era necessário celebrar a Santa Ceia. Mas não só isso. Eles também já eram conscientes de que “aquele que come [o pão] e bebe [o vinho] sem distinguir o corpo do Senhor, come e bebe a sua própria condenação” (1 Cor 11, 29). Ou seja, eles já sabiam que a presença de Cristo na Eucaristia era real, verdadeira.
E, por acaso, foram eles que inventaram essa presença? Não. “Eu recebi do Senhor o que vos transmiti”. Eis a regra da fé: fidelidade. Não foi São Paulo quem inventou o rito litúrgico; não foi Constantino que estabeleceu a presença de Cristo na Eucaristia; não foi o Concílio de Trento o primeiro a mostrar essa verdade de fé. Toda a história da Tradição da Igreja mostra uma constante obediência às Palavras de Cristo. A Eucaristia não é mera simbologia. De fato, Cristo não disse que o pão representa o seu Corpo; ou que o vinho representa seu Sangue. Ele disse que É. E falou isso claramente aos judeus, aos apóstolos, tornando-se inclusive sinal de escândalo. “Como esse homem nos dará a sua carne para comermos?” (cf. Jo 6, 52), perguntavam os pérfidos.
Isso vos escandaliza? (Jo 6, 61), pergunta Jesus ao homem moderno, contaminado pelo ceticismo arrogante e pela insensatez. A partir daquele momento, “muitos dos seus discípulos se retiraram e já não andavam mais com ele” (Jo 6, 66). Quereis vós também retirar-vos? (Jo 6, 67) Vós, meus discípulos, também quereis seguir o espírito do mundo e ir contra os meus ensinamentos? Quereis também seguir o cientificismo do mundo moderno, que rejeita as verdades de fé da Igreja?
Está na hora de tomar uma firme decisão de fé, de adesão a Deus e às suas palavras. Mas, é preciso adesão à Palavra, pura como está na Sagrada Escritura, reafirmada pela interpretação do Magistério da Igreja; nada de distorções. Que a Virgem Maria, Mãe da Eucaristia, nos ajude a estarmos sempre mais próximos do Corpo e Sangue de Cristo, presentes no altar sob as espécies do pão e do vinho.
Graça e paz.
Salve Maria Santíssima!

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